domingo, 28 de junho de 2009

Vida miserável

Sinceramente nunca vão conseguir descobrir o que é que faço depois de sair da faculdade, é por isso que não vou continuar esta história. Estou a brincar. Confesso-vos que não faço nada de interessante e é isso que me deixa perplexa. Muitas vezes penso que a culpa é minha, outras vezes penso que é dos meus amigos mas cheguei à conclusão que não. A culpa é mesmo da sociedade em que vivemos, diverte-se com tão pouco e com coisas tão desisteressantes como (tan tan tan tan) andar em carrousséis!?? É verdade...hoje fui à famosa feira da cidade que está mais perto da minha casa, Torres Vedras. Eu odeio feiras mas lá fui. Enquanto apreciava a quantidade de pessoas completamente inúteis que se situavam naquele recinto pensava: mas porquê que estas pessoas aqui vêm? Certamente não há-de ser pela mesma razão que eu, eu estava ali porque quase que fui obrigada a lá estar. Depois de me questionar várias vezes e acerca de várias coisas, como por exemplo: como é que está aqui um cigano a vender ténis da Nike e da Adidas verdadeiros?? Será que os roubou?, lá fui eu para a pior zona da feira. A pior zona da feira é aquela em que as pessoas se divertem muito e tem carrinhos de choque, tem o "grilo", tem coisas estúpidas como um carroussel que atinge os não sei quantos kilómetros hora sem segurança nenhuma. Esta para mim é a "zona terror" da feira, possui um barulho insurdecedor com uma mistura de músicas nunca antes vista a uma altura completamente proibida e difícil de um ser humano aguentar muito tempo. A escolha das músicas também não ajuda verdade seja dita.
Quando me vi neste sítio pensei: Inês tu vais falecer, vais falecer em breve!, e após pensar isto fui imediatamente embora porque a alma caridosa que me tinha transportado até àquele sítio teve de sair do local para ir buscar uma amiga a casa, eu aproveitei a boleia até ao meu carro e lá vim eu.... escrever no meu blog!
Agora digam-ne de quem é a culpa de não haver nada mais interessante para fazer do qeu estar na internet a twittar, ou a escrever no blog ou a falar no MSN??? DE QUEM É??? Digam-me que eu mato o culpado...
Sou eu??
Não digam isso...não quero morrer, vá lá, preciso de amigos...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

dia-a-dia

...,estou na "fuck"! Aquele espaço enorme, onde o saber domina, dá conta de mim. Olho-me e vejo-me a cumprimentar as primeiras pessoas simpáticas do dia, os meus companheiros da caminhada rumo ao conhecimento. São realmente bons companheiros. Imediatamente a seguir chega aquele que nos instrui e nos mostra o que é a vida "lá fora", na selva da competição, na corrida ao poder custe o que custar. Começo a divagar, vou para o mundo da lua e só volto quando deixo de ouvir aquela voz do conhecimento.
Normalmente divago acerca do tema em questão, oiço vozes de fundo na sala, vozes que não afectam o meu raciocínio, sempre lógico, sempre cronometrado, sempre bom demais para puder mostrá-lo a quem me rodeia. Modestia à parte...
Tive o prazer de assistir à melhor expressão de todos os tempos nesta bendita aula. Alguém que consegue andar mais na lua do que eu disse e passo a citar, "Jerónimo de Sousa, presidente do PSP!" . PSP??Pergunto-me onde é que anda este ser que profere esta citação...será que é no mundo? Será que é em Portugal? Será que está no curso de jornalismo? Consegui ser superior e não ripostar de forma ríspida chamando-lhe "burra". É triste ver alguém assim, tão desinformado, tão fora daquilo a que todos chamam sociedade.
Após a aula desinteressante/interessante (teve momentos), após uma discussão acesa entre duas pessoas da turma, uma completamente tresloucada e uma íntegra, após 4 horas intensas de teorias que supostamente aplicaremos um dia e, por fim mas não menos importante, após um debate político sobre as últimas eleições, lá vou eu....

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A caminho...

...começo a acertar o paço entre as pedras da calçada e os ténis mais baratos do mercado, acendo aquilo que não devia e lá vou eu. Cruzo-me com desconhecidos enquanto falo de coisas insignificantes com a minha companhia. O nosso tema preferido é a insignificância, ela faz-nos rir, faz-nos sentir bem. Os desconhecidos atravessam-se à minha frente como se eu não existisse e eu penso, será que sou invisível?? Se fosse preciso passavam-me por cima e é aí que chego a uma conclusão, cheguei definitivamente à capital. Não é que me sinta mal nesta cidade ou que não goste dela mas há qualquer coisa que me irrita, além das pessoas. Acho que são os carros, as buzinas, os semáforos, a correria, a poluição e os pombos, aqueles animaizinhos estranhos, que voam baixinho e quase nos levam os cabelos entre as patas. Eles não se desviam de mim, tal como as pessoas que fazem de conta não me ver. Ali sinto-me uma perfeita desconhecida e isso por um lado é bom mas por outro....ninguém diz "bom dia" com um sorriso nos lábios quando me vê passar, ninguém me olha e diz: hoje estás bonita. Agora pensando bem, ninguém poderia dizer que estou bonita, era uma perfeita mentira mas eu gosto que me mintam tal como eu gosto de mentir. Depois de muitos pensamentos estúpidos e conversas sem lógica chego ao meu destino diário...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Viagens















...para o carro, tentar encontrar a calma que me poderá invadir ao longo de todo o dia. Arranco, sempre com a minha calma apressada, sem paciência para ultrajes rodoviários e com aquele drama no pensamento, aquele momento incómodo pelo qual passo todos os dias. Páro o meu Táxi pelo caminho e a minha primeira companhia do dia entra, sem mais nem menos, sem simpatia, ensonada tal como eu. Compreensível. O meu problema está cada vez mais próximo, o coração acelera e acerta os tempos com o motor do táxi, lá vou eu a 90 km/h e o meu coração dispara. Estou a chegar...já o vi, está ali, à minha frente, é grande, enorme, gigante e agora? Lá vou eu, quarenta minutos a enfrentar belzebu. Quarenta minutos de respiração intensa, música alta, óculos escuros, pensamentos irritantes e indisposição psicológica. Será normal? Talvez...
Cheguei à minha terceira paragem e...

domingo, 14 de junho de 2009

Erguer









Acordo e a luz do dia já se faz mostrar. Entra pela janela como se esta fosse sua e põe-me logo a chorar. Corro para me afastar e puder enfim sós respirar.

Enquanto respiro, escondida no meu retiro, penso naquele flash matinal que me acorda e me faz sentir mal. Debaixo da luz artificial, menos incomodativa mas mais prejudicial, sinto-me definitivamente melhor e corro para a banheira. A água desliza perspicazmente pelo meu corpo, invade todos os orifícios e limpa todas as impurezas. É pena não ser água santa, penso enquanto me banho, porque se fosse não iam só as impurezas do meu corpo mas também as da minha mente. Cinco segundos depois penso que não estou definitivamente bem. Não posso estar bem, eu falei em algo “santo”, algo “puro”, algo em que eu não acredito, algo que me traiu quando eu precisei e aí me refugiei. (O meu banho continua…) Santidade? Sua eminência? Tudo isto só me faz soltar uns breves sorrisos irónicos. O meu banho acaba e vou para o quarto, encaixo-me dentro de uma roupa, que penso ficar-me bem, e vou…