domingo, 14 de junho de 2009

Erguer









Acordo e a luz do dia já se faz mostrar. Entra pela janela como se esta fosse sua e põe-me logo a chorar. Corro para me afastar e puder enfim sós respirar.

Enquanto respiro, escondida no meu retiro, penso naquele flash matinal que me acorda e me faz sentir mal. Debaixo da luz artificial, menos incomodativa mas mais prejudicial, sinto-me definitivamente melhor e corro para a banheira. A água desliza perspicazmente pelo meu corpo, invade todos os orifícios e limpa todas as impurezas. É pena não ser água santa, penso enquanto me banho, porque se fosse não iam só as impurezas do meu corpo mas também as da minha mente. Cinco segundos depois penso que não estou definitivamente bem. Não posso estar bem, eu falei em algo “santo”, algo “puro”, algo em que eu não acredito, algo que me traiu quando eu precisei e aí me refugiei. (O meu banho continua…) Santidade? Sua eminência? Tudo isto só me faz soltar uns breves sorrisos irónicos. O meu banho acaba e vou para o quarto, encaixo-me dentro de uma roupa, que penso ficar-me bem, e vou…

Um comentário:

  1. Bem bem... oh miuda nao conhecia esta faceta tua! gozas com o meus textos profundos mas olha que este tb nao foge há profundidade!!

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